Sandman: A Obra-Prima Onírica de Neil Gaiman
- Eduardo Ronin Lucas
- 22 de set.
- 1 min de leitura
Poucos quadrinhos conseguiram redefinir os limites da narrativa gráfica como Sandman, de Neil Gaiman. Publicada originalmente entre 1989 e 1996 pela Vertigo (selo adulto da DC Comics), a série não é apenas uma história em quadrinhos, mas um mergulho na literatura, no mito e no inconsciente humano.
No centro da trama está Sonho (Morpheus), uma das entidades conhecidas como Perpétuos — representações quase divinas de conceitos universais como Morte, Desejo e Desespero. Ao longo de 75 edições, Gaiman constrói um épico que atravessa séculos, visita o inferno, toca Shakespeare e questiona a própria essência da existência.
O diferencial de Sandman está na sua capacidade de dialogar com várias linguagens ao mesmo tempo: filosofia, terror, fantasia, poesia e drama. A arte, que passou pelas mãos de diferentes ilustradores como Sam Kieth, Mike Dringenberg e Jill Thompson, amplia ainda mais a atmosfera etérea e mutável da série.
Além do impacto artístico, Sandman foi um marco para o reconhecimento dos quadrinhos como literatura. Recebeu prêmios importantes fora do circuito das HQs, como o World Fantasy Award, e consolidou Neil Gaiman como um dos maiores escritores contemporâneos.
Hoje, Sandman continua vivo em novas edições de luxo, adaptações em audiolivros e na série da Netflix, que trouxe uma nova geração de leitores para o Sonhar. Mais que um quadrinho, é uma experiência que nos lembra do poder eterno das histórias.
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