O Que É um Fanzine? (E Por Que Eles Ainda Importam em 2025)
- Eduardo Ronin Lucas
- 1 de jul.
- 2 min de leitura

Na era dos algoritmos, da IA e dos feeds infinitos, falar de fanzine pode soar como uma nostalgia desatualizada — mas não se engane. Os zines continuam vivos, pulsando nas margens da cultura, reinventando formas de criar, distribuir e resistir.

Um fanzine não é só papel barato
A palavra fanzine vem da junção de “fan” (fã) com “magazine” (revista). É, por definição, uma publicação feita por fãs para fãs, geralmente com produção independente, baixo custo e alta dose de paixão.
O fanzine pode ser:
Uma HQ dobrada em A4 com grampeador e xerox.
Um manifesto colado no poste da sua rua.
Uma revista digital feita em PDF e distribuída por e-mail.
Um espaço de liberdade gráfica, textual e política.

Uma história que começa antes da internet
Os fanzines existem desde os anos 1930, nas comunidades de ficção científica dos EUA. Depois foram adotados por punks, anarquistas, nerds, feministas, poetas marginais, e todo tipo de minoria cultural.
No Brasil, os zines marcaram presença forte nos anos 80 e 90 — divulgando bandas, quadrinhos underground e ideias que não passavam nos grandes jornais. Eles eram (e ainda são) uma imprensa alternativa, fora do sistema comercial.

Por que ainda fazem sentido em 2025?
Num mundo saturado de conteúdo rápido e descartável, o fanzine oferece profundidade, curadoria e presença física. Ele é uma resposta tátil à overdose digital — algo que você segura nas mãos, guarda na estante ou troca num evento.
Além disso:
Fanzines constroem comunidades reais, de troca e afeto.
São laboratórios criativos sem censura.
Servem como registro de ideias e estéticas que o mainstream ignora.
São acessíveis: não é preciso permissão de ninguém pra começar.

Ronin Fanzine é um deles
Esse blog nasceu com o mesmo espírito de qualquer zine xerocado no fundo da escola. A gente acredita em voz própria, arte feita na unha e comunicação direta com quem tá na luta criativa.
Se você nunca fez um fanzine, talvez seja hora de tentar. E se já fez — então sabe por que ele ainda importa.
Zine é resistência. E também é futuro.
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